SENTIR OU NÃO SENTIR, EIS A QUESTÃO.
- Veraslowdown slowdown
- 22 de nov. de 2023
- 3 min de leitura

Vamos normalizar, admitir que nos preocupamos, e que existem situações que acontecem que nos deixam “piursas” e “piursos” traduzindo: pior que ursos selvagens.
O que quero dizer é que existem situações que nos deixam com os "nervinhos" em franja, que criam um turbilhão de emoções e que é absolutamente natural que assim seja.
Aquela coisa de querer ser indiferente ou minimizar o impacto que a situação teve em nós com frases tipo - ah, eu não quero saber, isso não me afeta. -
Não tem nenhum benefício para ti.
Conseguimos ignorar até certo ponto vá lá.
Só que somos humanos e sentir faz parte da coisa.
Desculpa, mas importas sim e sim ficas triste, magoada/o, decepcionada/o, raivosa/o.
Seja o que for que sintas, honra normaliza o sentir.
É o que és.
Ao fazê-lo estás a criar espaço para que os teus sentimentos e emoções sejam processados, aceites e assim os possas libertar em vez de os reter no teu querido corpinho, além de que a tua cabecinha não deve parar com a ruminação sem fim.
Quando invalidas ou minimizas o que sentes, estás a dizer algo a ti mesmo que não é verdade.
Cria-se assim uma dissonância entre o teu coração e a tua mente.
Já para não falar dos desequilíbrios físicos que fazer isso causa, levando assim a doenças chatas e que ninguém quer.
Deixa-te também ressentida/o, colocas-te assim tipo num papel de vítima.
Oh! E se existem pessoas que adoram e usufruem desse papel, mas adiante.
Resultado, a curto médio prazo, dor emocional e física, estás a ver aquele torcicolo que por vezes surge ou aquela pontada nas costas?
Pois é emoções acumuladas.
A não ser obviamente que tenhas caído da cadeira abaixo ou tenhas tido algum acidente.
Por isso honra e aceita que sim possas ficar triste, zangada/o, enraivecida/o apenas porque algo aconteceu, e que te afetou mais do que o que desejavas que o tivesse feito.
Claro que a coisa pode ir mais além do que só sentir, mas isso são outros quinhentos e daria pano para mangas ou algumas horas de terapia.
Mas vou resumir assim:
Não mintas a ti mesma/o sobre o que sentes, por favor.
Finalizo com algo que me foi partilhado em terapia, e que gostava que pensasses sobre.
“Não me foi ensinado nada ou quase nada sobre emoções, existia até vergonha por sentir, não havia espaço para mostrar o que nos ia cá dentro, sentir era sinal de fraqueza.
Vulnerabilidade, nem sei o que isso é.
Não se falava sobre o que sentíamos.
"Arcamos" com o aprendizado dos nossos pais e siga.
Não que hoje os culpe, já o fiz, mas após algum trabalho no sentido de largar essa raiva e ressentimento consegui deixar de os culpar e também ao mundo no meu redor.
Quando decidi ser da minha responsabilidade criar a vida que queria ajudou muito.
Quanto aos meus pais, também a eles não lhes foi ensinado como lidar com as emoções, hoje vejo isso.
Por isso hoje sou o mais honesto que posso que com o que sinto, permito-me sentir e validar algo que nunca me foi validado.
Que é o direito de sentir e expressar sem vergonha.”
Estas palavras foram as de um paciente ao fim de algum tempo de Terapia de Hipnose.
Fiquei muito feliz que tenha percebido que ser verdadeiro com o que sentia, sem se culpar ou culpar quem quer fosse, era parte de um caminho para ficar bem.
Além do fato de ter começado a permitir-se sentir sem vergonha de ser considerado emocional.
E tu, em tempos bem diferentes dos nossos pais, tempos em que a informação está disponível ao virar da esquina, se bem que nem toda de fonte fiável verdade seja dita.
Mas fazendo a triagem temos de reconhecer que o aprender está muito mais acessível.
Não poderias também tu ter essa responsabilidade de evoluir para além da tua história.
Começar a aprender a lidar com um aspeto tão importante para a tua saúde que é o sentir.
Vera Nascimento
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