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Será sabotagem?



Já deves ter ouvido por aí falar em auto sabotagem, se sim, talvez até tenhas pensado, afinal que raio é a auto sabotagem?


Pode não ser aquilo que pensas.


Vamos lá desconstruir isto.


“Para nos protegermos fazemos a nós mesmo aquilo que nos fizeram.”

Vou repetir


“Para nos protegermos fazemos a nós mesmo aquilo que nos fizeram.”

O quê! Isso é de loucos


Irra que até parece masoquismo.


Calma, eu sei que parece tudo isso e em certa parte é, mas espero que no final deste texto possas entender melhor isso.


Imagina esta situação:

Em criança gostavas de cantar e digamos que decides fazê-lo em frente á tua família ou alguém.

E cantavas, divertias-te como bem querias.

Mas nesse momento alguém envergonha-te por o fazeres, dizendo:

 “O que estás a fazer, não vês que não cantas bem, pareces ridículo, que estúpido. Podes parar!”

Com isto vais sentir-te envergonhado.


E vergonha é uma emoção.

Com essa reprimenda ficaste em sofrimento emocional.


E talvez porque as pessoas que nesse momento te rodeavam não eram propriamente as mais emocionalmente disponíveis para ajudar-te a lidar com esse sofrimento emocional, ou seja, não houve ninguém para ajudar-te a resolver esse sofrimento emocional, então nesse momento, nessa experiência, uma parte de ti aprende que não é seguro fazer o que estavas a fazer, que era cantar em frente a alguém.


Porque isso vai fazer-te sentir vergonha, e na vergonha és gozado.

E qualquer sofrimento emocional sem resolução é trauma emocional.


Agora vê isto

Imagina mais tarde na tua vida sentir esse desejo de cantar de novo, então tu cantas, mas uma parte de ti aprendeu daquela experiência em criança, que não devias colocar-te numa situação assim.


Então a forma que essa parte de ti impede que te coloques nessa posição é fazer o mesmo que te fizeram.


Então existe uma parte de ti que vai dizer-te:


“Não, não faças isso, vais parecer ridículo e estúpido, nem sequer tentes.”

Essa passa a ser parte da conversa que tens contigo mesmo, essa conversa mantêm-te seguro, e mantém-te seguro, impedindo-te de colocares numa posição onde possas sentir vergonha, ou seja, onde sentiste esse sofrimento emocional.

Tens então uma parte de ti que te mantém seguro, através do diálogo que adotaste/copiaste da forma como falavam contigo, e esse passou a ser o teu dialogo interno.


É um comportamento que aprendeste para manter-te seguro, esse comportamento passa constantemente no teu subconsciente durante a tua vida.

Como adulto podes até manifestar a vontade de cantar, mas a seguir podes também dizer que não te sentes confortável para o fazer.


E isso é valido e normal que assim seja, devido à experiência que passaste.

E de certeza que alguém vai dizer que te estás a auto sabotar, porque afinal tu podes cantar.


Mas isso não é auto sabotagem.

Isso foi como aprendeste a manter-te seguro.

Qualquer forma que aches que estás a auto sabotar-te é, na verdade, um comportamento que aprendeste para que te mantenhas seguro.

Por isso não estás a fazer nada de errado, o importante é que percebas que todos os comportamentos que tens partem de um comportamento que aprendeste para te sentir seguro.


E isto na maioria das vezes é inconsciente.


Afinal, quem não quer sentir-se seguro?

Mas como posso entender isto em mim? Perguntas tu.


E é uma boa questão.


Na verdade, não existe uma chave única para qualquer problema.

Afinal estamos todos igualmente num caminho de evolução, mesmo apresentando-se de formas diferentes.


O que faria eu no teu lugar, começava a questionar o porquê de ser e fazer o que faço, de onde vem, de quando vem, de quem vem, e se é útil para mim continuar ser.

Ou seja, através da introspeção.


Claro que presentemente com as milhentas distrações isso é tarefa quase impossível, já lá vai o tempo que todos dedicavam um tempo à “reza” que mal comparado era um tempo meditativo que tínhamos.


Por isso cabe a ti a responsabilidade de avaliar o quanto estás satisfeita e satisfeito com a vida, e a partir de aí fazer as necessárias mudanças.


Se é fácil? Por experiência própria digo que não, por vezes acabo com mais perguntas do que quando comecei, digamos que é desafiante.


Mas o que encontrei do outro lado, valeu bem a pena todos os momentos de dúvida e desespero.


E sei que mais me esperam.


Somos sempre um processo em evolução.


E quem se negar a isso paga caro.


O melhor de tudo é que quando decidimos ir em frente não existe volta atrás.


Vera Nascimento


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