Uma História da jornada do desenvolvimento pessoal
- Veraslowdown slowdown
- 21 de nov. de 2023
- 4 min de leitura
Atualizado: 22 de nov. de 2023
C

uriosidade: (Svadhyaya - palavra Sânscrita que significa auto-estudo é um Nyamas do Yoga)
“Nenhuma árvore pode crescer até ao céu sem que as suas raízes desçam até ao inferno”Carl Jung”
Por detrás de qualquer necessidade de querer mudar está algo ou alguma
coisa que nos levou a querer isso, talvez alguma dor, algum desconforto,
ou situação da qual ficámos fartos e não queremos mais ter na nossa vida.
Normalmente não é de livre e espontânea vontade que decidimos mudar
e evoluir, existe um desconforto grande o suficiente que nos leva a pensar
e perceber que doí mais ficar numa versão de nós mesmos, e que até esse
mesmo dia nos parecia ser a única forma de existir, do que procurar ser uma
melhor versão.
Começa a Jornada do herói.🙌
De fato é bem melhor quando somos uma melhor versão de nós mesmos
mas, essa jornada não é tão fácil assim.
E a prova disso é que se assim fosse todos nós a faríamos.
Mas também é verdade que todos nós numa melhor versão de nós
mesmos criamos uma sociedade e um mundo melhor, melhores
relacionamentos, vidas preenchidas, vivemos os nossos sonhos e
fazemos melhores escolhas.
Na teoria é só começar a enfrentar medos, olhar para dentro e adquirir
conhecimento, simples não é?
Não, não é simples!
E o que ninguém nos diz é que essa evolução não reta, não é suave, nem
tão pouco agradável, e que nem sequer é de altos e baixos.
Ela pode ser caótica e explosiva.
Começamos do zero nada temos, apenas problemas e objetivo a alcançar.
Ou seja, tudo o que venha é lucro.
Sabemos o que queremos deixar, até podemos não saber o caminho, mas
sabemos para onde queremos ir.
Vou simplificar😀
A maria tem “dor” ela quer tratar essa “dor” porque quer ficar sem “dor”
Identificar o Porquê foi uma das razões que fez a Maria querer mudar.
Ou talvez querer saber o porquê.
Em qualquer um dos casos foi a força motivadora.
O problema da Maria começou no fato de que a jornada obrigou ela a
olhar para dentro de si mesma e dentro dela obviamente muitas
características boas existem.
As chamadas qualidades, o que ela tem de melhor e que
por vezes nem usa.
E isso tudo ela encontra em abundância o que durante algum tempo
da sua jornada de auto conhecimento a foi levando.
Vem a altura em que se torna inevitável a Maria olhar para outras
características que tem, o lado sombra aquilo que ela esconde de
todos e na maioria das vezes até dela mesma e nem percebe.
Traumas, violência, raiva, medo, as deceções, tanta coisa possível.
Quando tudo isso se tornou consciente para a Maria veio uma
queda, mesmo na altura que ela estava quase a alcançar a luz.
Bolas!
Logo agora que evolui em tanta coisa volto a cair pensa ela.
E o que faz? Tenta sufocar esse lado, esse lado sombra.
Vou mas é ignorar isto, que se lixe, eu não sou nada assim
E começa a tentar anestesiar essa dor que crescia de ter que olhar para
essas características.
Esse é o caminho que a maioria faz.
Anestesiar...
Coloca em causa todo o trabalho, toda a jornada toda a evolução feita até ali,
e pergunta, mas para quê?
A verdade é que ninguém nos diz que não existe despertar
de consciência sem dor.
A mim ninguém me disse.
Mas estou aqui a dizer-te agora.
Niguém nos dá um mapa porque nem sequer existe um mapa
é uma caminho que apenas tu podes fazer.
“Faremos de tudo até mesmo as coisas mais absurdas para evitar enfrentar a sua própria alma.Ninguém se torna iluminado por imaginar figuras de luz. mas sim por tornar consciente a sua própria escuridão”. Carl Jung
Quando enfrentamos a sombra trazemos ao consciente o que mais
tememos, e isso é o que é mais necessário ver.
Inversamente ao que fazemos que é anestesiar e lutar contra, devemos
aceitar e integrar como parte de nós.
Aceitar que esses pensamentos que tanto nos invadem a alma e
condicionam atitudes existem dentro de todos nós.
“A nobreza não está em não cometer um ato terrível, qualquer
um pode fazer isso. A maior nobreza está em ter a capacidade
de cometer esse ato e mesmo assim não o fazer”
A dor é inevitável e faz parte da nossa natureza e ajuda a crescer.
Mas o caminho para o auto desenvolvimento é um caminho sem volta.
“A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará
ao seu tamanho original”
Oliver Wendell Holmes Jr.
Mas essa foi a melhor escolha que a Maria fez tanto para ela
como para a sociedade.
A sombra existe dentro de todos nós, quer estejamos
conscientes e queiramos ver, ou não.
Porque quem se recusa a querer vê-la vai fazer de tudo para
a reprimir e vai ser quem mais sofre.
Ao reprimir isso causa um turbilhão de pensamentos e
emoções, agonia constante, sofrimento podendo evoluir
para graves problemas de saúde.
Alguns genocidas da nossa história tais como Hitler e Estaline
lutavam com a sua sombra da pior forma, reprimindo-a o que
os levava a crer que todo o mundo era assim, por isso
achavam que matavam por um bem maior.
Eram as lentes com que viam o mundo exterior, fruto de uma projeção
do que sentiam no interior.
Eram as lentes sujas pelo lado sombra deles que os fazia matar, acreditando
que era o certo.
Essa sombra quer apenas libertar-se e ser integrada, aceite
e reconhecida como parte da nossa psique, como parte
de um todo que nos compõe.
Maria precisou de reconhecer que também ela tinha isso
dentro dela e que também era capaz de fazer coisas terríveis.
Esse é o lado negro do auto-conhecimento e desenvolvimento.
Precisamos ir bem fundo na sombra dentro de nós se quisermos
chegar à luz.
“Eu prefiro ser completo do que ser bom”Carl Jung
Eu sei que isto pode ser pesado e difícil de assimilar, mas
abre-te a essa hipótese, e mesmo com medo vai, avança.
Podes sempre procurar ajuda orientadora para esse processo
não tens de o fazer sozinho/a como a Maria.
Não quer dizer que não o faças, mas o tempo que levas
a o fazer é bem diferente.
Essa foi a minha experiência.😉
Vera Nascimento
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